É o que diz um estudo apresentado esta semana no Congresso Europeu de Cardiologia, que ocorre em Barcelona, na Espanha.

As gorduras não são os principais “assassinos” do coração, mas sim os carboidratos. É o que diz um estudo apresentado esta semana no Congresso Europeu de Cardiologia, que ocorre em Barcelona, na Espanha.

A pesquisa PURE (Prospective Urban Rural Epidemiology), conduzida pela Universidade de Hamilton, em Ontário, no Canadá, foi publicada na revista científica Lancet e questiona dezenas de estudos e trabalhos científicos já debatidos até agora sobre a prevenção da saúde cardíaca.

De acordo com Mahshid Dehghan, pesquisador do Instituto de Pesquisa em Saúde da População da Universidade McMaster, “a redução da gordura não melhoraria a saúde das pessoas”. No entanto, os benefícios resultariam da redução de glicídios, ou seja, carboidratos, e “do aumento da gordura total em até 35%”.

Os resultados das análises em mais de 135 mil indivíduos de 18 países de baixa, média e alta renda demonstram que a alta ingestão de carboidratos gera um grande risco de mortalidade cardiovascular.

A ingestão de gordura, de acordo com os dados, está surpreendentemente associada a menores riscos. As pessoas que mais consumiram gordura apresentaram uma redução de 23% no risco total de mortalidade, além de ter 18% a menos de chances de sofrer um acidente vascular cerebral.

Cada tipo de gordura foi associada a uma redução no percentual total dos riscos de mortalidade: saturada (-14%); monoinsaturada (-19%), poliinsaturadas (-29%). Entretanto, uma maior ingestão de gordura saturada também foi associada a uma redução de 21% no risco de um acidente cardiovascular (AVC).

No entanto, vale lembrar que a dieta mais indicada para cada pessoa deve levar em conta a avaliação de um profissional da saúde.

 

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