O litro da gasolina no Espírito Santo já chega a R$ 4,45. O preço foi registrado pela reportagem em um posto de gasolina localizado no município de São Mateus, no Norte do Estado. No Sul do Estado, a situação não é muito diferente. Há postos que chegam a cobrar R$4,30 como o registrado no município de Alegre.

Toda essa alta fez o consumo cair 20% desde o final do mês de julho nos postos de combustível do Espírito Santo, segundo o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Espírito Santo (Sindipostos-ES).

A redução é reflexo das últimas políticas do Governo Federal no setor, como o aumento de Pis e Cofins que incidem sobre os combustíveis, entre o final de julho e o início de agosto. De 13 de agosto a 9 de setembro o valor médio da gasolina subiu dez centavos no Estado, passando de R$ 3,84 para R$ 3,94, segundo dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP). O preço mínimo da gasolina nos municípios pesquisados, segundo a agência na última pesquisa, é de R$ 3,65. Cinco municípios de várias regiões entraram nessa última pesquisa.

O universitário João Victor Correia, de 21 anos, disse que reduziu o consumo, mas que ainda assim prefere não usar o transporte público. “Estou evitando sair com o carro. Procuro ambientes mais próximos da minha casa, para comer, por exemplo. Obrigatório eu tenho que sair, como faculdade e serviço. Tem também a questão da segurança, que pesa”, explica.

O microempresário Aldir Zamprogno, de 56 anos, tem dois veículos a diesel e outros dois a gasolina. Estes últimos são bem menos utilizados depois dos aumentos. “Uns tempos atrás eu usava mais. Agora uso menos e uso mais o diesel, principalmente por causa do trabalho”, explica.

Segundo a ANP, o preço médio na bomba, ou seja nos estabelecimentos, e nas distribuidoras subiu cerca de 2,5% nas últimas quatro semanas. No entanto, na Pebrobras, o valor subiu 11,2%, segundo a agência. De acordo com o Secretário Executivo do Sindipostos, Adair Alves, os valores podem ser passados para o consumidor final posteriormente. “Acredito que as distribuidoras estão segurando esses reajustes e de uma certa forma isso pode impactar no consumidor final. Repassar valores agora não é interessante. Não sabemos o que vai acontecer. Muitos revendedores dizem não ter condições de manter o negócio”, declara.

De acordo com o Sindipostos, a gasolina é mais cara no interior do Estado e os donos de postos sofrem mais com os aumentos, visto que o deslocamento até a região encarece o combustível.

 

Matéria Retirada na Íntegra do Portal Gazeta On Line.