Por conta do baixo consumo de energia resultante da forte recessão que atravessa o país, a adoção ou não do horário de verão é indiferente para as geradoras, transmissoras e distribuidoras de energia. Se de um lado a redução do consumo é pequena, por outro, o “alívio” no sistema no consumo nos horários de pico (das 19 horas às 21 horas), é também muito pequeno.

Para o presidente da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia elétrica (Abradee), Nelson Leite, os resultados da mudança do horário são muito pequenos, e só é importante em termos de manter a cultura com a preocupação do uso mais racional da energia.

“O resultado é irrisório em termos de quantidade de economia de energia. Na realidade o consumo é deslocado da noite, para o início da manhã de das pessoas que acordam cedo. E do ponto de vista técnico de aliviar o sistema nas horas de pico, o resultado também é muito pequeno”, destacou Nelson Leite.

Por sua vez, Alexei Vivan, presidente da Associação Brasileira das Companhias de Energia Elétrica (ABCE) afirma que a redução de consumo de energia nunca foi o objetivo da mudança do horário de Verão. Mas para o executivo, a redução do consumo nas horas de pico não deixa de ser importante para preservas o sistema elétrico.

“Apesar de a economia de energia não ser significativo, ao deslocar o consumo nos horários de pico, o horário de verão preserva o sistema elétrico que não fica tão sobrecarregados nessas horas. Muitos países adotam o horário de verão e aqui sempre foi usado, seria uma surpresa não ser implantado neste ano. E tudo que leva à discussão da necessidade do uso racional da energia é importante”, destacou Alexei Vivan .

 

Matéria Retirada na Íntegra do Portal Gazeta On Line.