Abisaí Junior, que também é pastor e lidera a Igreja Batista Vida e Paz em Conceição da Barra prestou depoimento na 16ª Delegacia Regional de Linhares durante as investigações da polícia

 

A pedido do Ministério Público Estadual (MPES), deverá ser aberta uma nova investigação relacionada à morte dos irmãos Kauã e Joaquim em um incêndio criminoso, em Linhares. Desta vez, trata-se de um falso testemunho prestado à polícia por um pastor amigo de Georgeval Alves Gonçalves e da esposa , também pastora, Juliana Sales. O casal é réu em uma ação penal, onde responde pelos homicídios dos filhos.

 

A requisição de abertura de inquérito por falso testemunho foi feita pela promotora Rachel Tannembaun, da 2ª Promotoria Criminal de Linhares, e encaminhado na tarde desta terça-feira (26) para a polícia. Será investigado Abisaí Junior, um dos líderes da Igreja Batista Vida e Paz em Conceição da Barra, amigo pessoal de George e Juliana, também pastores da mesma congregação. Dias após o incêndio, ele esteve na Delegacia Regional de Linhares, junto de outro pastor e amigo do casal, Eufrásio Marques, que é líder da denominação em Pinheiros. Eles procuraram o delegado para prestar depoimento a pedido dos advogados de defesa de George.

 

A promotora não deu detalhes sobre o teor do depoimento e nem os motivos pelos quais foi considerado falso, argumentando que estas informações estão relacionados ao caso da morte das crianças, cujo processo está em segredo de Justiça. Já o pedido de abertura de inquérito contra o pastor Abisaí, não tramita em sigilo. Ainda não se sabe qual delegado deverá conduzir as novas investigações solicitadas pelo Ministério Público Estadual.

Na Polícia Civil, o inquérito que apurou a morte das crianças foi conduzido por uma força-tarefa, da qual fez parte delegados, peritos e representantes do Corpo de Bombeiros.

 

Os irmãos Kauã e Joaquim foram mortos em um incêndio criminoso no dia 21 de abril. A polícia concluiu o inquérito policial indiciando o pastor George como o autor dos crimes. O Ministério Público acrescentou o nome da pastora Juliana ao fazer a denúncia, aceita pelo juiz André Bijos Dadalto, da 1ª Vara Criminal de Linhares, na última segunda-feira (18).

 

Fonte: Gazeta On Line