O casamento de Marília Pieroni e de Matheus Martins, ambos de 28 anos, foi minuciosamente planejado por dois anos. A ideia era fazer uma cerimônia ao ar livre em um clube, em Laranjal Paulista, no interior de São Paulo. Porém, no dia da festa, no último dia 30, a chuva não deu trégua e o casal se viu obrigado a abandonar a ideia de cerimônia a céu aberto.
A chuva também trouxe um elemento surpresa para a cerimônia: um cachorro vira-lata que ficava na região e foi se abrigar entre os convidados. No meio da prece das alianças, ele acabou se deitando no véu da noiva. Marília contou que o cachorro deu trabalho para os organizadores antes mesmo da cerimônia começar e acabou atrasando a entrada da noiva.
“Ele ficou entrando na tenda improvisada e como estava molhado e sujo ninguém queria ele lá. Na hora que iam pegá-lo para tirar da festa ele deitava de barriga para cima e pedia carinho. Eu não vi nada disso, me contaram depois. Estava pronta dentro do carro e queria que começasse logo a cerimônia, mas não me deixavam sair. Fiquei irritada porque não gosto de atrasos”, lembrou.
Quando começou a marcha nupcial, Marília se preparou para sair do carro, mas foi impedida mais uma vez por uma das cerimonialistas: o vira-lata tinha entrado no lugar da noiva.
“Pensei: “Meu Deus, não querem que eu entre! Acho que o noivo sumiu” — lembrou, divertida.
Preocupada com o toldo improvisado e com a chuva, a noiva não fazia ideia de toda a confusão que o cachorro já tinha provocado na cerimônia. Foi na hora da benção das alianças que ela percebeu a presença do convidado.
“Eu olhei para o referendo e do nada ele ficou paralisado. Ai eu olhei para trás e vi o cachorro deitado ali bem em cima do meu véu. Foi tão espontâneo, nem lembro direito o que eu falei, mas achei super bonitinho. Acho que ele percebeu que eu gosto de animais”, lembrou.
Depois que o casal voltou de lua de mel, começou a procurar pelo cachorro para tirá-lo da rua. Uma mulher que mora próximo ao clube achou o vira-lata na segunda-feira e ficou com ele até que Marília pudesse buscá-lo.
“Vou hoje à tarde lá. Ele é um animal “abandonado” que todo mundo cuida, dá comida. Só que ele fica na rua e acaba apanhando muito, também está muito magrinho. Tomara que ele goste da nossa casa, vamos fazer de tudo para ele ficar com a gente”, disse.
Matéria Retirada na Íntegra do Portal Gazeta On Line.