O sítio histórico de Queimado, na Serra, no Espírito Santo, começou o seu processo de restauração. Nesta quarta-feira (25), especialistas em arqueologia trabalharam em torno das ruínas da igreja de São José para encontrar artefatos da época dos escravos.
O objetivo é encontrar vasos e quadros que serão enviados ao Museu Histórico da Serra. O terreno do sítio histórico era particular, mas foi doado à prefeitura em 2015.
Segundo a prefeitura, a autorização para que esses objetos fossem procurados foi dada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
Ao todo, o levantamento tem previsão de durar 30 dias. Depois disso, um relatório será enviado para que o Iphan autorize a restauração.
A estimativa é que as obras comecem em três meses. O Sindicato do Comércio Atacadistas e Distribuidor do Espírito Santo (Sincades) ficará responsável pelo restauro, após a assinatura de um termo de cooperação técnica com a administração municipal. Essa obra deve custar em torno de R$ 1,8 milhão, mas o valor ainda não está consolidado.
Restauração
Durantes as obras, será feita a restauração e o reforço das paredes atuais para se manterem firmes, sem descaracterizar o ambiente. A prefeitura pretende tornar o local um museu a céu aberto.
Insurreição de Queimado
Queimado foi o local escolhido pelo Frei Gregório José de Maria Bene para construção de uma igreja, com a promessa de liberdade para os escravos que concluíssem a obra.
O frei, além de explorar o trabalho escravo, teria descumprido o trato, gerando a insatisfação nos 300 escravos que realizaram a construção.
Assim, teve início, no Espírito Santo, a Insurreição de Queimado. Tropas de todo o país foram enviadas para conter os escravos.
Fonte da Notícia: G1 ES