O prazo final dado pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) para a finalização das obras na BR-259 é agosto, mas agora o próprio órgão admite que ele pode ser estendido. A explicação é de que a estrutura geológica observada é diferente da observada e cálculos precisam ser revistos. Um novo prazo ainda não foi informado.

A rodovia, no trecho que liga Colatina a Baixo Guandu, está com o trânsito comprometido desde o dia 6 de fevereiro, quando pedras rolaram na pista. A área ficou totalmente bloqueada por semanas, porque havia risco de outras pedras caírem. A BR-259 é a principal ligação entre o Espírito Santo e o Leste de Minas Gerais.

As obras começaram em março, um mês depois do incidente. O Dnit calcula que mais da metade dos trabalhos foram feitos, já foram retiradas mais de 20 toneladas de pedras. O trânsito no local continua no sistema Pare e Siga, e deve ficar assim até o final da obra.

“O maciço rochoso se mostrou mais fraturado do que a gente esperava. Estamos precisando rever os cálculos e eventualmente até acrescentar mais elementos estruturais para garantir estabilidade”, explicou o engenheiro geotécnico do Dnit, Renato Prandina.

A obra está na segunda fase, que é a instalação de telas e a construção de um muro de concreto que vai segurar as pedras.

“A gente acredita que com a instalação dessas malhas metálicas nas áreas que o concreto seria excessivo, vão economizar recursos porque o custo-benefício é equivalente, é o melhor possível. Apesar disso, temos trechos mais complexos em que o concreto armado vai substituir na face esses elementos de malha metálica”, explicou o engenheiro.

A retirada das pedras que rolaram e a estabilização da encosta devem custar quase R$ 6 milhões.

Fonte: G1ES